domingo, 5 de junho de 2011

LONDRINA E AVIÃO...


Aos 9 anos fomos de avião de Brasilia até Barreiras/Bahia,  eu, minha mãe, meu pai e meu anjo primo; no avião,  êle vomitou, passou mal, puseram êle longe de mim  mais na frente, eu não, fiquei mais atrás, me serviram com muitos mimos, eu até estranhei: um rapaz chegou e me perguntou:  aceita chá com bolachas? eu toda sorridente, disse: aceito.  Nossa me serviram bem demais, adorei... Em Barreiras, Bahia, ficamos em um hotel de uma amiga dos meus pais. e fomos de Jipe até a fazenda da minha vovó, em tabocas,  mãe da minha mãe. O motorista estava bebendo o tempo todo, estava frio e ficamos com muito medo, a estrada de chão, e ainda á noite,  o Jipe sem capota, eu e meu anjo nos cobrimos com um cobertor...   na volta foi mais tranquilo.  Tirei fotos em Barreiras com os "marinheiros" em um barco, estou procurando o álbum que tem as fotos mas não encontrei ainda. Fui muito bem tratada por todos e todas.  Um fato interessante, é que para chegar até ao aeroporto de Barreiras na volta, fomos de carro, tinha que subir uma montanha muito alta,  contornando em sentido girando,  subindo tipo uma ladeira estreita, você via o despenhadeiro á medida em que subiamos, por isso não tinha medo, meu anjo estava comigo, e nem altura eu ficava com medo;  em casa eu subía em árvores altíssimas e não sentia vertigem;   quando chegamos ao avião, o piloto se recusou a ir conosco, disse que não tinha a passagem, meu pai implorou para eu ir na cabine e êle não deixou.  Tivemos que voltar, ninguém dormiu durante à noite pensando na subida da montanha muito alta de novo, mas sinceramente não sentí medo nenhum,  nem da primeira vez, até olhava embaixo, a única coisa que eu ficava um  pouco apreensiva, era de vir outro carro descendo e bater em nós, mas quem tem anjo não sofre nada;  foi tudo tranquilo...



Eu não sei, minha cabeça está novamente recordando de tudo, parece.me que havia um bloqueio imenso, parece que minha mente não queria "lembrar" do passado com meu Anjo e hoje não estou mais assim...maravilha, também não foi fácil para mim ficar estes anos todos nesta "angústia mental", hoje, não,  faço questão de lembrar, até dos minimos detalhes sem mais sofrimento, apenas com o coração apertado...  sensação de outra forma de "perda"...igual aquela música, perdi você, procure entender, ainda te amo...  mas estou aqui também para falar que meu pai trabalhou em Londrina/Paraná, chegou aquí na época, entusiasmado, dizendo que lá é muito bom, que lá até mulheres andam de bicicletas... foi êle que  me incentivou a dirigir, minha mãe não queria, dizia: para quê? e serviu muito para ajudá.lo quando estava doente passando mal, eu o levava ao Hospital e  ela não quis aulas de auto.escola, meu pai frequentava a Maçonaria, e tinha uma mulher de Maçon, dona de Auto.Escola, veio em casa, ainda quando morávamos no Conjunto Bairro Feliz, Goiânia, e minha mãe não quís. Quando passei a trabalhar, entrei na Auto.Escola, meu pai me levava até o Estádio Serra Dourada para treinar, passava "apuros" comigo, rsrsrs... hoje procuro reconhecer as boas lembranças do passado...

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